quinta-feira, 17 de março de 2011

525 - sonata no deserto de apreço e comiseração

Os teus móveis me fitam estáticos
Eles já foram movimento e agonia
Sorriam-se entre um passar e outro
Eram cúmplices das nossas orgias
Entre o sofá e tua espreguiçadeira
Corre-me o vazio de mesa e cadeira
Tudo dorme neste silencio de abajur

25 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Magnífico, querido Assis!
Fez-me pensar em começo, meio e fim...
Demais!
Abraço apertado.

Everson Russo disse...

Silencio e inercia pela ausencia...pelo vazio da saudade...belissimo..abraços de bom dia.

Sandra Subtil disse...

Na vida tudo começa e termina... Há que aproveitar o durante.
Beijo

Quintal de Om disse...

há fantasmas por todos os cômodos
gritando aos meus ouvidos
teus sussuros desgovernados
meus gemidos são ouvidos
atravessando a parede do quarto
são impressões que os sentidos
guardaram além do tempo.

Abraços, flores e estrelas...

Unknown disse...

Muito bom! Abraço.

Tania regina Contreiras disse...

De primeira, Assis! E adorei o silêncio de bajour...
Beijos,

Néia Lambert disse...

Perfeito Assis!

Um abraço

Wanderley Elian Lima disse...

Se os móveis falassem...
Abraço

Marcantonio disse...

Embora chamados "móveis", tantos permanecem fixos, embutidos em alguma parede da memória...

Abraço.

Cris de Souza disse...

que miragem!

beijo, mestre.

Lídia Borges disse...

De como o quotidiano se faz poesia.

E o vazio "de mesa e cadeira" se enche de bem-dizer.


Um beijo

Lívia Azzi disse...

"Faço meus poemas sobre um vazio, o meu vazio... É a ausência que me excita." (Rubem Alves)

Lívia Azzi disse...

Tudo acorda na presença...

Beijo!

Moisés de Carvalho disse...

So o silêncio agora cúmplice...!

grande abraço!

Joelma B. disse...

No silêncio do abajur dorme a Luz!

Beijinho, Assis!

Ingrid disse...

celebrar..
beijos querido Assis

Ana SSK disse...

Até bocejei.
:)

Ana SSK disse...

Até bocejei.
:)

Tuca Zamagna disse...

Ouço alguns móveis antigos meus rangerem, Assis, arrastados por emoções a flutuarem sem casa definida na memória, que cochila e sonha "neste silêncio de abajur",

Abraço

Jorge Pimenta disse...

há silêncios que matam. já o silêncio trajando o tempo é a própria morte.
abraço!

Eder disse...

À lá Moska e seu "cheio de vazio"

Felicidade Clandestina disse...

'ainda tem o seu perfume pela casa, ainda tem você na sala...'

Andrea de Godoy Neto disse...

móveis imóveis que emudecem a alma

lindo poema, assis!
beijo

Luiza Maciel Nogueira disse...

quando as coisas nos tornam íntimas

beijos

Unknown disse...

Em tudo há memórias e silêncios.

O silêncio do abajur Impressiona;

Belíssimo!

Beijos

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