terça-feira, 9 de agosto de 2011

670 - rapsódia de alumbramento para gioconda ao arrebol

seria imperioso que os teus olhos passassem
com esse jeito desconexo de fitar o desalinho
como se a coisa mirada estivesse embebida
numa aura de equidade entre os hemisférios

seria imperioso que os teus olhos filtrassem
a maresia que contamina o espelho do asfalto
reflexo de rotas e extravios, obituário de sais
e ficassem no lusco-fusco que atrai mariposas

seria imperioso que os teus olhos declinassem
de toda a singeleza que envolve as cartografias
e de repente altiplanos, horizontes e metáforas
fossem apenas precípuo para o alumbramento

13 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Bravo, amigo Assis, grande poeta!
Bravo!
Abraço.

Everson Russo disse...

Que esses olhos moldem o mundo com amor,,,com esperanças...abraços de bom dia.

Unknown disse...

Virgem Santa!

Só porque faltam 30 para o último poema, ele maltrata.
Mergulho em alumbramentos.

Bravíssimo!

Beijo

Mirze

Anônimo disse...

Olhos delineando caminhos... Lindíssimo poema, Assis!

Bípede Falante disse...

Assis, que bonito e romântico :)

Luiza Maciel Nogueira disse...

olhos maravilhosos, reflexos dos teus. beijos

Cris de Souza disse...

aqui o verso corre de vento em popa!

beijo, mestre.

Tania regina Contreiras disse...

Imperioso seria te ler sempre, poeta, que me faz tão bem e me tira desse mundo rasteiro...
Beijos, querido!

Wanderley Elian Lima disse...

Mas muitas vezes um olhar altivo, distorce a realidade.
abraço

dade amorim disse...

Romantismo esperto.
Beijo beijo.

Daniela Delias disse...

Inspiradíssimo, moço!!!
Bjos!

Celso Mendes disse...

o alumbramento encontra-se em suas palavras. aí é só emprestá-las a quem quiser desfrutá-lo. belíssimo!

abraço.

Ingrid disse...

Assis,
sempre olhar de versos plenos..
beijos querido.