quinta-feira, 25 de agosto de 2011

686 - loa para a senhora de fulva cabeleira ou quando o vento habitou o precipício


ela se foi lançar outro infante com olhar e arrebol
tinir as sobrancelhas da ventura com o desatino
mesmo que eu visse que a uma nau embarcaria
e faria destino por entre icebergs e luas geladas
pois do solo da caatinga ferviam ainda os cactos
enredados de seus espinhos em trôpego cavalgar

ela se foi lançar outro infante com olhar e arrebol
espargir o soluço que desabriga os pés incautos
mesmo que eu visse que a uma nau embarcaria
e faria destino por entre fiordes e tépido bosque
em brasa se alimentavam os meus olhos fúlgidos
na espora do anel da senhora de fulva cabeleira

7 comentários:

Everson Russo disse...

E lá se foi ela, ao som do vento viver de amor...abraços de bom dia.

Angélica Lins disse...

"... embarcaria
e faria destino por entre icebergs e luas geladas
pois do solo da caatinga ferviam ainda os cactos..."

Tuas letras desabrocham minha melhor imaginação.
Beijo na testa poeta.
=)

Unknown disse...

E o vento habitou o precipício da senhora de fulva cabeleira!

Fantástico!

Beijo

Mirze

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

De loas a luas e sóis, sois craque poeta de fartas cabeleiras...

Abraço careqa,
Pedro Ramúcio.

Anônimo disse...

ela foi e ficou a doce balada da viagem
senti-me navegadora, descobridora de mares e vontades
abraço
LauraAlberto

dade amorim disse...

Há sempre muito a descobrir naqueles que nos despertam.
Beijo beijo.

Jorge Pimenta disse...

nenhum gélido icebergue ou inóspita lua seriam destinos menores, quando emoldurando o precipício respire senhora de fulva cabeleira.
abraço!