segunda-feira, 29 de agosto de 2011

690 - estudo étimo para o atalho das marinhas

tu me soubeste sal para regaço da língua
sob o desígnio das trovoadas eram riscos
raiando a alvorada em folguedos e guizos

tu me soubeste espinho na tua inquietude
em que abraçavas o espanto sem máculas
e soçobravas no sumo de atônitos desejos

tu me soubeste no atavio para tuas vestes
ornadas de semblantes, desvarios e fugas
eu era o único soluço a despir os girassóis

16 comentários:

ANGELICA LINS disse...

Soluço a despir os girassóis? Faz isso comigo não... Já sou fascinada por girassóis e despidos então...

Bravo!!!

Anônimo disse...

tu me soubeste espinho na tua inquietude
em que abraçavas o espanto sem máculas


demais.

Everson Russo disse...

Totalmente demais o soluço a despir girassóis...abraços de bom dia pra ti amigo.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Cada vez melhor Assis, cada vez mais belo. Beijos

Cris de Souza disse...

Isso que é perfume...

Bom dia, mestre!

Beijos.

Jorge Pimenta disse...

regaços de língua são linguagem primordial que a própria vida há-de tornar verdadeira, mesmo que à distância do mais agudo dos estudos. até porque livro nenhum fala de girassóis desnudados.
verdadeiramente arrebatador!
abraço!

AC disse...

A subtileza e a intensidade de mãos dadas...
Bravo!

Abraço

Unknown disse...

E agora? Não és mais soluço para despir girassóis?

DEMAIS. AGORA TRANSBORDOU POESIA!

Beijo

Mirze

.maria. disse...

ando sumida, mas pra mim você ainda é o melhor!

Rejane Martins disse...

teus versos, essas substâncias voláteis em soluço, sal curado.

Domingos Barroso disse...

soluços que despem girassóis
são sagrados
...


forte abraço,
irmão.

Joelma B. disse...

Deixo transbordar o fascínio por tua voz, poeta Assis!

Beijinho com imensa admiração!

Nilson disse...

Poesia do dia-a-dia: deveras impressionante, Assis. Sal para despir girassóis.

Celso Mendes disse...

um girassol desnudo macula retinas de poesia. e te soubeste sal.

abraço, grande poeta.

Ingrid disse...

sabores de espera.
beijos querido

dade amorim disse...

As palavras jogam entre si, e nada indica que isso pode ter fim.