quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

790 - ciranda para argonauta em feitiço de sereia

como num carinho que nunca houvesse
contorna-me a fronte esta nau arrebatada
içam-me as velas deste livro o frontispício

das horas que velejo a ti assomam lentas
dos horizontes que não te cabem o mirar
soçobro nos degraus de tamanha mesura

como num vasto oceano para galgar delírio
açoitam-me as encostas em tonto vaticínio
dá-me a senha para ungir o santo sacrifício

8 comentários:

Tania regina Contreiras disse...

...e o dia, então, amanheceu: inspiradíssimo, Assis. Te li: amém!
beijos,

Batom e poesias disse...

Sacro e matinal delíro-poema...
Bom dia!

bj
Rossana

Everson Russo disse...

Horas de velejar,,horas de solidão,,horas em que precisamos de um carinho...abraços de bom dia.

Ana SSK disse...

amém

dade amorim disse...

Mas esse santo sacrifício sempre acaba bem...
Beijo.

Hana disse...

Me senti velejando em seu poema que venha o vento e sopre mais amor!
Adorei aqui, então com carinho te sigo, te leio, e te persigo sempre que eu tiver um tempinho!!
Com carinho
Hana

Ingrid disse...

ciranda de chegar..
beijo..

Jorge Pimenta disse...

a senha e a sanha. ainda haverá oceanos por marear?
abraço!